Eu Escrevo Para Você...

Houve uma corrente recente intitulada nas redes sociais sobre a letra da pessoas. Hoje em dia ninguém mais escreve a próprio punho. É cada vez mais raro reconhecer até mesmo a sua própria letra. Sendo cada vais complicado escrever, imagina o quanto é impossível redigir uma carta. Alias por qual sentido se tem e-mail, e redes sociais seria importante voltar ao mecanismo folha e papel? Para responder isso, arriscaria dizer: Eternizar a pessoalidade! Apenas o registro escrito com sua digital em tinta, pode reviver certas emoções sabia? Qual foi a última vez que escreveu? Consegue se lembrar como pegava em uma caneta? Então o desafio se torna mais difícil: Uma carta de amor, você já fez? Já se desnudou em sentimentos, versos, prosa para quem era mais importante?A história traz alguns relatos de lindas cartas escritas em tempo difíceis, de comunicação escassa para não se fazer esquecer. Muitos amores foram desfeitos, pela ineficiência dos mecanismos de entrega, mas também, muitos amores se preservaram pela esperança da chegada em selo. O que escrever pode trazer de tão especial? O afeto em punho, da uma conotação mais proxima do ser. Se distanciar da frieza da tecla, do brilho fosco da tela, do post padrão. Escrever "Eu Te Amo", com borrifadas do seu perfume, vai te materializar! A lembrança é mais viva! Um bilhete no meio das coisas dele, lembrando o porque vocês estão juntos, ou só para voltar a sentir a mesma emoção do início, te resgata da rotina, do marasmo. Beethoven escrevia para sua Amada Imortal, relatava em infinitas linhas a saudade, o quanto a sua falta pesava "para sempre seu, para sempre meu, para sempre nosso". O imperador Napoleão Bonapart se apaixonou por Josefina e não teve sorte nesse amor, ela o traia deliberadamente, mas mesmo assim, de orgulho ferido, retribuindo na mesma moeda (traindo-a), não deixou de escrever. Escrevia cobrando atenção, questionando o amor não correspondido, a falta de zelo de Josefina. Eram declarações de amor as avessas, retrato de uma súplica por reciprocidade. Yoko Ono  eterna musa de Jhon Lennon, após passado muitos anos de sua abrupta partida escreveu para seu amado. Escancarou a saudade, a vontade de voltar no tempo, de sentir o lado quente dele na cama do casal. Ser pego de surpresa com escritos assim, sacodem o íntimo, não finja que uma carta que te defina, que te traduza não te tire do eixo. É bregamente romantico. Lindo! Existe uma história interessante: Casados por um longo tempo, quando brigavam só conseguiam se comunicar por bilhetes. Presos num mesmo espaço físico, perto e longe. Os dois em momentos oportunos, só conseguiam fazer as pazes quando escreviam um ao outro. Não pode se dizer aconselhável, nada substitui a pele, o olho no olho, mas é interessante observar a metodologia do pombo correio, precisam se reler, se registrarem para se reencontrarem. Escrever porque alivia, escrever porque é poesia, escrever porque pode se conhecer melhor.

Comentários

Eu ainda escrevo, e fico na expectativa do recebimento. Rsrsrsrs
BLACK444 disse…
A expectativa é a melhor de todas as ansiedades!! rs

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